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Ideologia de Gênero será tema na Audiência Pública desta terça-feira, 2 de junho, às 12 horas, na Câmara de São Paulo. Compareça para protestar contra a inclusão da Ideologia de Gênero no Plano de Educação da Cidade de São Paulo.


Abortos diminuem e ocasiona o fechamento de 70% de clínicas da morte nos EUA

Segundo o Center for Disease Control, os números de assassinatos por aborto nos EUA estão em franca queda: de 2009 a 2011 eles diminuíram 5%, o maior declínio ocorrido na última década, informou a agência LifeNews.


Novelas: a “educação” de sua família feita por uma rede de televisão

Pesquisas demonstram como novelas moldam a sociedade brasileira. Foram realizados dois estudos com base em 115 novelas exibidas às 19hs e às 20hs, pela Rede Globo, entre 1965 e 1999, sendo a primeira “Rosinha do Sobrado” e a última “Vila Madalena”.


Entrevistas


Sexta-Feira, 17 de Julho de 2009

Entrevista com a associação francesa Droit de Naître

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A associação francesa Droit de Naître vem exercendo há quase 15 anos intensa atuação contra leis favorecedoras do aborto na França e em outras nações, obtendo expressivos resultados

Sr. Georges Martin: “Fazemos lobby junto aos parla- mentares france- ses para que não aprovem duas medidas propos- tas pelo governo atual, que favore- cem a “cultura da morte”

Contra um novo holocausto “legal”, de centenas de milhares de nascituros, a associação Droit de Naître  é um exemplo para o mundo no incansável combate em defesa da vida inocente. Mantém assíduo contato com o público, por meio de visitas e telefonemas, faz campanhas utilizando o sistema de mala-direta, promove conferências públicas, participa de congressos e marchas contra o aborto. Com tais atividades, tem conseguido furar a barreira da grande mídia, que silencia a respeito dos movimentos que combatem o aborto.

Para falar aos leitores de Catolicismo a respeito de tão auspiciosas atividades, entrevistamos o encarregado de relações de Droit de Naître, Sr. Georges Martin. Ele mantém contato com muitas autoridades européias, como deputados que defendem os princípios contrários à prática abortiva, e já visitou pessoalmente, em diversas cidades francesas, mais de 2.500 pessoas em suas respectivas casas. Tem sido convidado para diversas reuniões dos comitês pela família e de defesa da criança no Parlamento Europeu.

*       *       *

Catolicismo — Quando foi fundada a associação Droit de Naître, e com que objetivo?

Sr. Georges Martin — Droit de Naître foi fundada em outubro de 1995, com o objetivo primordial de defender o direito à vida desde a concepção até a morte natural, e portanto de lutar para a derrogação da Lei Veil,(1) que introduziu o aborto na França, e também contra a legalização da eutanásia. Paralelamente a essa luta, fazemos um trabalho de difusão dos princípios católicos a respeito do assunto, reafirmados na encíclica Evangelium Vitae, de João Paulo II, especialmente através de publicações e de conferências públicas.

Catolicismo — Neste sentido, quais as últimas atividades anti-aborto exercidas por Droit de Naître?

Sr. Georges Martin — Fazer lobby junto aos parlamentares franceses para que não aprovem duas medidas propostas pelo governo atual, que favorecem a “cultura da morte”: autorização para que as parteiras possam praticar o aborto químico; imposição de um curso obrigatório de aborto para os estudantes de segundo ciclo de Medicina. Essas duas medidas visam resolver um “problema insolúvel” para os promotores do aborto: a crescente escassez de médicos que o praticam, porque a geração “militante” da época da aprovação da Lei Veil está se aposentando, enquanto as novas gerações de médicos se recusam a praticá-lo. Na questão do curso obrigatório ganhamos a partida, porque os senadores fizeram cair a proposta; mas a queda-de-braço com o governo a respeito da autorização para as parteiras praticarem o aborto químico ainda continua.

 

Catolicismo — A associação atua junto ao governo francês? Que meios utiliza para o combate às leis que favorecem o aborto?

Sr. Georges Martin — Na França, praticam-se 220.000 abortos por ano, devido à Lei Veil que os autoriza, e ao mau aconselhamento que recebem as mulheres nos centros de planificação familiar. Nossa associação atua junto às autoridades do Poder Executivo e do Poder Legislativo, para conscientizá-los a respeito da gravidade dessa situação e da necessidade de acabar com o holocausto legal de centenas de milhares de crianças inocentes, o que só se obterá se a Lei Veil for derrogada.

Para fazer sentir aos dirigentes políticos que o aborto é cada dia mais impopular, especialmente entre os mais jovens, a associação promove petições destinadas a este ou àquele político ou autoridade, dependendo do assunto em pauta, além de manter um contato epistolar contínuo com os responsáveis políticos mais sensíveis à defesa da vida. Uma das campanhas que alcançou mais sucesso foi o envio a cada deputado, no ano 2000, de sabonetes próprios para crianças, antes da votação de uma lei que ampliou o prazo para o aborto e dispensou as menores de idade da autorização paterna. Os sabonetes iam acompanhados de uma nota explicando que não seriam usados pelos bebês, mas serviam para lavar as mãos dos legisladores manchadas pelo sangue de crianças inocentes. Pouco depois, foram enviados aos deputados 270 mil “títulos de eleitor abortado”, representando aqueles possíveis eleitores que não adquiririam o direito de voto em 2018, apesar de cumprirem 18 anos, por terem sido eliminados do corpo eleitoral já no ventre materno... Na ocasião, o jornal “Le Monde”(2) noticiou a campanha com destaque e ressaltou o fato de Droit de Naître saber servir-se dos símbolos como uma arma de guerra ideológica.

Catolicismo — A associação atua também junto à juventude?

Sr. Georges Martin — Ademais da divulgação de publicações (em particular um opúsculo intitulado 50 perguntas e respostas a respeito do aborto, que alcançou muita difusão), a associação mantém uma linha telefônica gratuita de aconselhamento à disposição das mulheres em situação crítica, a maioria das quais são moças grávidas. Além do mais, utilizamos um site com documentos e notícias, que é particularmente visitado por jovens.

 

CatolicismoDroit de Naître tem relação com organizações semelhantes no exterior? Participa de manifestações públicas organizadas em outros países contra o aborto?

Droit de Naître apoiando a reação anti-aborto em Portugal

Sr. Georges Martin — A “cultura da morte” é universal e não conhece fronteiras. Aqui na Europa há muita pressão sobre os países que ainda não aprovaram o aborto, como Malta e Irlanda, ou que possuem leis restritivas, como a Polônia. Por isso, é necessária uma colaboração com entidades que trabalham em outros países membros da União Européia, ou junto aos organismos europeus. Droit de Naître ajudou na campanha contra a aprovação do aborto em Portugal, por exemplo, e participa todos os anos da marcha pela vida e pela família em Varsóvia, bem como de congressos pró-vida que se realizam em vários países. Os Estados Unidos, onde a maioria da população declara-se hoje abertamente contrária ao aborto (51% contra 43%), é um campo de batalha decisivo para a defesa da vida no mundo inteiro, pelo prestígio de que ainda goza o “american way of life”. Lá encontram-se também as maiores organizações anti-aborto do mundo. Por isso, Droit de Naître mantém contacto estreito com elas, por exemplo, participando anualmente da March for Life, em Washington. Em nível latino-americano, tive a honra de representar a associação em manifestações anti-aborto no Chile e no primeiro congresso internacional pela vida, realizado em Aparecida em fevereiro do ano passado, no qual proferi uma palestra denunciando as manobras utilizadas para obter a aprovação do aborto na França. Ressaltamos o fato de se exagerar o número de abortos clandestinos: em 1975, dizia-se que seu número variava entre 800.000 e um milhão; entretanto, num estudo recente do Instituto Francês de Pesquisas, ficou comprovado que não passavam de 50.000. Inflacionaram o número para impressionar o público... Manobras similares estão sendo empregadas alhures. Temos certeza de que o intercâmbio de idéias e de experiências entre os diversos movimentos pró-vida é muito útil e animador, especialmente para os movimentos que acabam de entrar na liça contra a aprovação do aborto em seus respectivos países.

 

Catolicismo — O público toma conhecimento das atividades de Droit de Naître através da imprensa francesa? A associação mantém contato com jornais e revistas?

Sr. Georges Martin — Droit de Naître possui um serviço de imprensa que publica comunicados oficiais relacionados com acontecimentos da atualidade, vinculados à questão do aborto. Alguns comunicados conseguem furar a barreira de silêncio da grande imprensa, particularmente quando a conhecida agência France Presse difunde tais notícias. Mas as campanhas de silêncio da mídia não constituem grande problema, porque cada vez menos as pessoas lêem jornais impressos, e as que os lêem lhes dão crédito decrescente. Hoje em dia, a maior parte da difusão de notícias se faz via Internet, na qual não existe censura. Nossos comunicados são freqüentemente reproduzidos em sites e blogs, muito visitados pelos jovens. Além disso, nosso boletim trimestral é enviado gratuitamente a todos os simpatizantes e fica disponível em nosso site: www.droitdenaitre.com.

 

Catolicismo — A associação mantém contacto direto com o público apenas pelo site e por suas campanhas postais?

Cartão de aderente da campanha Droit de Naître

Sr. Georges Martin — Não. O contato assíduo com os doadores e simpatizantes é efetuado não só pelo correio, mas por via telefônica e por visitas. Com o público em geral, ele se faz primordialmente por conferências públicas que organizamos, pela participação em manifestações e congressos, pela divulgação de obras e através de nosso site na Internet.

Catolicismo — Ouve-se falar de uma evolução do público francês em relação ao aborto, cuja repulsa seria hoje maior do que em anos anteriores. O Sr. confirma esta tendência? A que isso se deve?

Sr. Georges Martin — O crescimento da oposição ao aborto não é exclusivo dos Estados Unidos. Também na França esse fenômeno é notório, sobretudo entre os jovens. Desde 2005, por ocasião do 30º aniversário da Lei Veil, iniciou-se uma marcha anual pela vida, em Paris, que começou com cinco mil pessoas, atingindo este ano 15 a 20 mil, apesar de não contar com um apoio efetivo dos bispos franceses. Em outras cidades, como Bordeaux e Lyon, muitos jovens espontaneamente começaram movimentos, promovendo similares marchas pela vida. Uma sondagem do instituto de pesquisas BVA indicou que, em 2005,(3) 83% das mulheres julgam que se deve dar mais ajuda às mães para evitar o aborto, e 86% pensam que o aborto deixa seqüelas importantes na saúde física e psicológica das mulheres que recorrem a ele. Outro dado significativo é que atualmente a França é o país da Europa com o maior índice de natalidade, chegando a 2,02 filhos por mulher em idade de conceber.(4) As razões dessa mudança de opinião são múltiplas, mas parece-me que teve particular importância o impacto causado pelos avanços técnicos, como as imagem de ultra-som, que permitem ver o desenvolvimento do bebê no seio materno desde as primeiras etapas da vida. Por outro lado, foi-se tornando patente que o aborto, na realidade, produz duas vítimas: o bebê abortado e a mãe obrigada a carregar até o fim da vida as seqüelas psicológicas e físicas desse gesto gravíssimo. Finalmente, ficou claro que muitas mulheres recorrem ao aborto por razões fúteis de mera conveniência, o que contribuiu para desprestigiá-lo como um ato irresponsável, além de criminoso.

__________________

Notas:

1. Lei proposta em dezembro de 1974 pela então ministra da saúde Simone Veil (nomeada pelo ex-presidente Valéry Giscard d'Estaing), despenalizando o aborto, promulgada em 17 de janeiro de 1975.

2. Cfr. “Le Monde”, 30-11-2000, “Savonnettes, cartes d´électeurs avortés, manifestations: les pro-vie ne désarment pas”.

3.http://www.avortementivg.com/pages/Sondage_BVA_auprès_des_femmes_sur_lIVG-472003.html

4. http://www.leparisien.fr/societe/taux-record-de-natalite-pour-la-france-13-01-2009-371896.php

Fonte:
Revista Catolicismo



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