MST veste o capuz... e tira a máscara

Boletim Eletronico
13/11/2007

Dois atos, não de uma comédia, mas de uma tragédia. No primeiro, o MST veste o capuz e com sua tropa de elite invade e amedronta antes das invasões. No segundo mostra todo seu arcabouço revolucionário e para onde quer levar o País. Convidamos nossos leitores a ler os detalhes perversos dos fatos narrados. Este número do Sem Medo da Verdade é um pouco longo, mas importantíssimo pelos assuntos de que trata. Focalizamos neste Boletim especialmente os casos da Sygenta (Paraná) e da Fazenda Coqueiro (Rio Grande do Sul).

Rio Grande do Sul. O MST veste o capuz. A denúncia é grave

Quem dá a notícia é o jornal Folha de São Paulo, de 28  de outubro de 2007,sob o título “Grupo de elite do MST prepara as invasões no RS”, na qual relata, “com base em investigações e depoimentos de testemunhas, a Agência de Inteligência da Brigada Militar detectou a atuação de uma espécie de grupo de elite do MST, armado e encapuzado, durante invasões de fazendas no interior do Rio Grande do Sul”. O MST, evidentemente, nega. Em quem a população ordeira acredita: na Brigada Militar ou no MST?

“Segundo a Brigada Militar, um grupo de aproximadamente dez homens armados faz batidas antes de invasões, geralmente de madrugada, para expulsar caseiros, capatazes ou famílias que estão no local. Esse grupo foge do local antes de, algumas horas mais tarde, chegarem os ônibus com famílias de sem-terra – carregando instrumentos de trabalho como enxadas e foices – para a invasão propriamente dita”.

Seria o RS o campo de treinamento do MST para preparação de uma guerrilha?

Muitos temem, outros afirmam. Recentemente Gedeão Pereira, Vice-Presidente e Diretor da FARSUL (Federação da Agricultura  no Rio Grande do Sul, em entrevista ao site Mídia sem Máscara , perguntado sobre se o MST era uma movimento em estado de franca guerrilha: “Sim, o MST já é um movimento guerrilheiro”

O fato é que desde 11 de setembro três colunas invasoras do MST, uma  que partiu de Canoas, outra da região das missões e uma terceira da região sul do estado, marcham em direção à fazenda Coqueiros, em Coqueiro do Sul. Usam crianças e mulheres como escudos.

Segundo Paulo Guerra filho do proprietário Felix Guerra , o MST não quer mais invadir terras. O objetivo agora é a busca de territórios.

A Coqueiros ocupa posição estratégica. Em suas fronteiras passam duas importantes estradas, as BR-386 e a RS-324 e faz divisa com 8 municípios. Segundo Heitor de Paola, escrevendo na Mídia Sem Máscara, seria um local excelente para “ criar uma zona de domínio, base fundamental  para acumulação de forças e alimentos, estoque de armamentos e até mesmo heliportos e campos de pouso para pequenas aeronaves de transporte e receber ajuda das FARC e da Via Campesina, visando um futuro `Exército de Libertação´”. Lembramos que a ação do MST começou com a explosão de dois tratores da Coqueiros. Heitor de Paola é insuspeito para falar sobre esse assunto pois, como  se lê na apresentação de seus artigos declara-se ele ex-militante da organização comunista clandestina, Ação Popular (AP)

Os produtores organizaram-se então para monitorar os sem-terra, acampando próximos às colunas e seguindo a marcha para ajudar a defender a propriedade em caso de nova invasão. Temendo conflitos graves, a polícia gaúcha pediu judicialmente o fim da marcha dos sem-terra: “Estou fazendo este pedido para que a marcha seja parada pela força da lei, antes que seja parada pela força da  bala” justificou o Coronel Paulo Roberto Mendes, subcomandante-geral da Brigada Militar. A juíza de Carazinho atendeu o pedido e determinou que os manifestantes e também os produtores rurais não ingressassem na comarca.

Ademais, nas colunas invasoras havia um grande número de adolescentes e de crianças, o que levou a juizes das Varas da Infância e da Juventude a proibirem o MST de usar estes menores com o objetivo de constranger a autoridade de utilizar a força para coibir o descumprimento da lei.  

O que fez o MST? Segundo o site dessa entidade, sessenta e cinco organizações de classe, sindicatos, pastorais, associações comunitárias e prefeitos da região de Carazinho criaram uma quarta coluna para acompanhar as marchas e fazer panfletagem na região e explicar à população a “importância da desapropriação da fazenda e a lentidão da Reforma Agrária”. Segundo um dos organizadores essa coluna seria uma resposta ao interdito proibitório da Juíza Marlene Marlei de Souza que impediu aos sem-terra de entrarem no município.

O Incra diz que vai desapropriar a Coqueiros na marra!

No meio de uma situação tão tensa, o superintendente do Incra no RS, Mozart Dietrich, colocou gasolina na fogueira. Usando da truculência própria dos autoritários dominados por uma ideologia comunista e sectária, avisou que o Incra iria desapropriar a Coqueiros a qualquer custo. Mesmo sem ter vistoriado a fazenda, que é altamente produtiva, declarou que acha injusto que apenas uma pessoa seja dona de terras onde 600 famílias podem ser assentadas! Segundo ele o processo de desapropriação está sobre a mesa da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, para ser assinado a qualquer momento por Lula.

Apesar da proibição de desapropriação de terras produtivas pela Constituição e pela Lei 8.1299, o Incra, baseado numa lei (4.132) dos tempos de Jango Goulart, que permite a desapropriação para a construção de estradas para o bem público, está tentando por aí conseguir a desapropriação. Como diz o vice-presidente da FARSUL,  o Brasil é o único País que possui um índice mínimo de produtividade e pior, o Incra cria os índices, vistoria, fiscaliza e julga!

Tudo em um órgão só! Não são levadas em conta crises de mercado, problemas de doença do proprietário que o impeçam momentaneamente de investir seu capital. Para não desapropriar, só com Decreto de Calamidade Pública!

Pior ainda é a fiscalização ambiental. Por exemplo, quem trabalha com arroz irrigado e quiser construir uma nova barragem para ampliar a área cultivada tem que pedir licença ambiental! E leva no mínimo 5 anos para sair ou não a licença.

E, acrescentamos nós, existem as perseguições por trabalho escravo, a questão dos quilombolas, as demarcações de terras indígenas e de fronteiras... .É preciso ser herói para ser produtor rural, ou fazer parte do agronegócio neste País

Confronto

Segundo relato  do jornal O Estado de São Paulo, em fins de outubro militantes do MST e soldados da Brigada Militar entraram em conflito. Dois sem-terra saíram feridos. Foi mais um capítulo da marcha das três colunas. Mas não é isso que o MST quer. Quer uma nova Eldorado de Carajás e o ideal para eles é o confronto com os ruralistas, para  depois “botarem a boca no mundo”, com motivos políticos...alguém quer apostar?

Paraná. O caso Syngenta: MST invade e mata, mas fica impune


A respeito do caso Syngenta no Paraná, transcrevemos a seguir um resumo muito objetivo feito por Sepúlveda da  Fonseca em seu excelente blog Radar da Mídia.     http://radardamidia.blogspot.com

“Depois que o 3º Congresso do PT decidiu reaproximar-se dos chamados movimentos sociais, entre os quais se destaca o MST, a atuação destes ganhou novo vigor e formas de atuar.

A agenda de tais movimentos se alarga a cada dia um pouco, e tudo é pretexto para agredir a propriedade privada, tudo é motivo para violar a lei, tudo é motivo para afrontar a Justiça, tudo é motivo para fomentar a luta de classes

Vieram por fim as mortes, como não era difícil supor que aconteceria na escalada de ilegalidades promovida pelo MST.

Foi no Paraná. Cerca de 200 militantes do MST e da Via Campesina (a verdadeira multinacional das invasões) invadiram, uma vez mais, a fazenda experimental da multinacional Syngenta Seeds, em Santa Tereza do Oeste (540 km de Curitiba). Renderam os seguranças, tiraram-lhes as armas e os expulsaram.

A responsabilidade do governo Requião

Já em 2006 a propriedade tinha sido invadida pela Via Campesina, como forma de protesto contra a produção de sementes transgênicas, e desde então tem sido alvo contínuo de atos de vandalismo dos sem-terra. Após a invasão, o governador Requião (grande aliado e cúmplice do MST) determinou a desapropriação da fazenda da Syngenta, mas o decreto foi anulado pela Justiça. Alentados pelo apoio de Requião (quem sabe, até mesmo pelo incentivo ou pelas ordens deste último) os sem-terra, invadiram novamente a propriedade.

Segundo o dono da empresa de segurança, contratada pela multinacional, os seguranças expulsos retornaram ao local, por ordem sua, para recuperar objetos da empresa e resgatar um suposto refém, momento em que teriam sido recebidos à bala pelos sem-terra. Estes últimos alegam que os seguranças atiraram primeiro. Um dos seguranças foi morto com um tiro na cabeça. Também morreu o líder dos sem-terra.

O Presidente da OAB em Cascavel, Luciano Braga Cortes, acusou o governo do Paraná de responsabilidade no confronto: "Poderíamos ter evitado essas mortes se o Poder Executivo cumprisse as ordens de reintegração".

Proteção das autoridades aos fora-da-lei

Tudo o que se passou depois, constitui uma seqüência de fatos - dos mais escandalosos - de acobertamento e proteção dado pelas autoridades constituídas ao MST e à Via Campesina, movimentos fora-da-lei; e, ao mesmo tempo, de perseguição às vítimas das ilegalidades destes últimos.

Se não, vejamos:

1 - A Polícia Civil do Paraná prendeu sete seguranças, trabalhadores registrados de uma empresa de segurança legal, com autorização para portar armas e encarregados da segurança de uma propriedade esbulhada, por "formação de quadrilha" (!) e exercício arbitrário das próprias funções;

2 - A mesma Polícia não prendeu qualquer dos sem-terra, invasores de uma propriedade privada, que renderam seguranças e tomaram suas armas, além de matarem um segurança;

3 - A Polícia indiciou o dono da empresa pela morte do líder sem-terra, Valmir Motta de Oliveira;

4 - Entretanto, ninguém foi indiciado pela morte do segurança Fábio Ferreira;

5 - Apesar de um dos seguranças ter sido assassinado com um tiro na cabeça e, portanto, da certeza de que os sem-terra portavam armas, as autoridades policiais não quiseram procurar armas de fogo na área invadida pelo MST e Via Campesina;

6 - A Polícia Militar do Paraná diz que ficará na área até que a ordem seja restabelecida, mas o comandante do policiamento do interior, Coronel Celso José Mello, diz que não irá desocupar à força a fazenda invadida, pois para ele "não se trata dessa forma os movimentos sociais". Curiosa a noção de "ordem restabelecida" do Coronel. Afinal, só os movimentos sociais podem invadir à força, e na impunidade!

7 - Para o mencionado oficial da PM, houve abusos de ambos os lados, mas depois completou em defesa do MST: "Se alguém tinha a idéia de tratar os movimentos sociais na lei do 44 como se fazia antigamente, vai ter uma resposta". De onde se conclui que só o MST não vai ter resposta e poderá usar livremente a lei do 44 para assassinar quem bem entender!

8 - O delegado Luiz Alberto Cartaxo de Moura, Chefe do Departamento da Divisão de Interior, criticou a tentativa de reintegrar a área invadida, feita pelos seguranças: "Reintegração de posse não se faz com arrebatamento, mas pelos meios judiciais". Nem uma crítica sequer do delegado ao MST e à Via Campesina que invadiram e assaltaram uma propriedade privada. Além disso, o delegado parece "esquecer" que é o próprio Governador Requião quem se exime de fazer cumprir as ordens judiciais de reintegração de posse;

9 - A "esquerda católica", pela voz da Comissão Pastoral da Terra, veio acobertar as ações ilegais e criminosas do MST e atacar as "milícias armadas" a serviço dos fazendeiros. O MST (e Via Campesina) com seus métodos de guerrilha rural, suas operações ilegais de esbulho, até seus assassinatos, não constitui, para os "piedosos" membros da CPT, uma milícia... mas apenas um "movimento social";

10 - Numa demonstração de cumplicidade dos órgãos governamentais federais com o MST, um representante do INCRA, enviado especialmente à região, foi visitar os "companheiros" do MST, na fazenda invadida. Sua presença ali configura a coonestação aos crimes perpetrados pelos sem-terra. Não contente, ainda pediu proteçãopolicial para os invasores!

Operação de guerra do MST

Como se tudo isso não bastasse, o MST decidiu montar uma verdadeira operação de guerra para isolar a fazenda invadida, sob o olhar cúmplice e a proteção da Polícia Militar. Na fazenda assim "protegida" tremulam bandeiras do movimento. É o que relata a matéria publicada pela Folha de S. Paulo (24.out.2007), intitulada Depois de mortes, sem-terra fecham acesso à fazenda:

  • "Após o conflito com seguranças que deixou dois mortos, os trabalhadores sem-terra montaram quase uma operação de guerra para isolar a fazenda experimental da empresa Syngenta Seeds, em Santa Teresa do Oeste (540 Km de Curitiba), invadida por eles no último domingo.

    Arame farpado e quatro correntes protegem a fechadura do portão principal. Grupos de 20 trabalhadores fazem rondas ininterruptas pelos 127 hectares da propriedade. Ninguém que não seja ligado ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) ou à Via Campesina entra no local. ....

    "Conhecemos nossos inimigos. Podemos ser atacados a qualquer hora", disse Brizola, que preferiu não dar o nome completo. Vestindo um colete camuflado, parecido com o usado pelo Exército, ele disse que estava na guarita no momento do tiroteio".

Até aqui os comentários de Sepúlveda da Fonseca

Nos dois episódios, Coqueiros e Syngenta, o MST tirou a máscara. É um movimento potencialmente guerrilheiro. Não obedece às leis e não respeita o Estado de Direito.

 Some-se a este cenário a ameaça à nossa soberania que representa a infiltração ideológica e de articulação de um movimento para organizar Círculos Bolivarianos em nosso País.

O objetivo preocupa o País inteiro: transformar o Brasil numa “democracia socialista” sob o comando de Chávez. Mas esse já é um novo assunto do qual nos ocuparemos brevemente.


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De última hora:

Clique aqui para ler a matéria publicada no jornal

O Estado de São Paulo sobre o Movimento Paz no   Campo e o MST

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