Sucesso da propriedade privada na agricultura


13/03/2007

Competitividade agrícola — De acordo com o estudo de economistas da UE, o Brasil será — apesar dos entraves postos pelo governo — o país que apresentará maior crescimento em produção e exportações no setor agrícola no mundo até 2020, por causa da competitividade da produção brasileira em vários setores. As exportações de soja, açúcar, frango e carne bovina do Brasil deverão aumentar de forma rápida.


O agro aumentou 7 milhões de hectares cultivados desde 2002

Agroenergia — Queiram ou não, a agricultura, a pecuária e o agronegócio estão sustentando o Brasil; e agora ainda mais, pois começa a atrair vigoroso investimento externo de agroenergia, onde somos pioneiros. Vamos nos tornar, se já não somos, o maior exportador de produtos agroindustriais — uma verdadeira façanha em apenas alguns anos. E tudo isso num trabalho construtivo de formiga, sem os alardes grotescos tão comuns nestes dias.

Em números — Nos últimos quatro anos, as exportações da agroindústria aumentaram 99%, quase o dobro. No período, passaram de US$ 24,8 bilhões para US$ 49,4 bilhões. Vamos adiante. 1) Álcool — As vendas externas do complexo sucroalcooleiro aumentaram 243%; 2) Carnes — Com aftosa e tudo o mais, mais 170%; 3) Café — 143%; 4) Cereais — 123%. A perspectiva é que sigam crescendo, puxados pela expansão da agroenergia que, por ter-se iniciado mais cedo e dispor de enormes e férteis áreas, nos coloca na liderança do setor.

Potencialidade — O aumento de 7 milhões de hectares cultivados desde 2002, quando abrangia 60,2 milhões de hectares, representa pouco para um país que ainda dispõe de 106 milhões de hectares não explorados, disponíveis à agricultura. Além disso, temos outros 220 milhões de pastagens, dos quais pelo menos 30 milhões podem ser convertidos em lavouras nos próximos 15 anos.


Plantação de soja

Grãos — Carro-chefe da atividade agrícola brasileira, a produção de grãos e fibras acompanhou a evolução. Em 2006, ante 2002, a área plantada cresceu 17,6%, para 47,3 milhões de hectares. A safra cresceu 24%, para 119 milhões de toneladas. A produtividade teve aumento médio de 5,4%, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No período, as exportações do complexo soja evoluíram 55%, para US$ 9,3 bilhões. Outros setores: os embarques do setor sucroalcooleiro (açúcar e álcool) deram um salto de US$ 2,3 bilhões para US$ 7,3 bilhões (+243%).

Ameaças — Tal pujança, entretanto, pode ser grandemente afetada caso não cesse a perseguição ao agricultor brasileiro, por meio de desapropriações de terras, ameaças de elevação dos índices de produtividade, aumento de impostos, ao lado de proteção aos invasores de terras que trazem intranqüilidade a quem produz.

A "contribuição" do MST — Acaba de ser celebrado um acordo entre o Movimento dos Sem-Terra (MST) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT). A CUT contribuirá com sua capacidade e experiência na articulação política de sindicatos e negociação com os poderes públicos. O MST, com seu sofisticado know-how em invasões de fazendas, depredação de sedes, matanças de animais, colocação de empregados em cárcere privado, montagem de acampamentos em espaços públicos, destruição de instalações e equipamentos em prédios públicos ou privados, afora todo o aparato mercadológico (bandeiras, camisetas, bonés, etc.) que emprega em suas operações. Da parte do MST, o acordo foi celebrado por José Rainha Júnior — aquele que, só pelo fato de ainda estar solto, já significa um caso de escândalo institucional de impunidade (cfr. “O Estado de S. Paulo”, 30-1 a 3-2-07).

Veja:
http://www.catolicismo.com.br/

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