Há 50 anos nascia a TFP, a mais influente organização católica anticomunista do Ocidente


07/07/2010

Abel de Oliveira Campos


A obra-mestra de Plinio Corrêa de Oliveira — Revolução e Contra-Revolução — alcançou várias edições no Brasil e no exterior

Nos primórdios de 1960, respirava-se no mundo uma aliciante atmosfera de otimismo.

Na passagem daquele ano, num brinde em Nova York, o primeiro-ministro soviético Nikita Kruschev — o mesmo que tinha iniciado o processo de "desestalinização" da Rússia — indicou que a União Soviética poderia desarmar-se unilateralmente, caso não conseguisse chegar a um acordo com o Ocidente. Apenas dois dias depois, a Orquestra Sinfônica Estatal de Moscou tornou-se o primeiro conjunto musical soviético a apresentar-se nos Estados Unidos.

Na Europa Ocidental, o Plano Marshall de reconstrução e de modernização do sistema produtivo alcançava seus plenos frutos, augurando um crescimento econômico sustentado e a estabilidade financeira. Em 19 de janeiro, os Estados Unidos e o Japão assinaram um tratado de cooperação mútua e de segurança, que encerra o capítulo asiático da Segunda Guerra Mundial. Dois meses mais tarde, o chanceler alemão Konrad Adenauer e o primeiro-ministro israelense Ben Gurion encontraram-se pela primeira vez em Nova York para discutir as relações germano-israelenses, encerrando o passado nazista da Alemanha.

Os Estados Unidos, manifestamente o pólo psicológico do mundo, encontravam-se no fim da era do baby boom, o espetacular crescimento demográfico iniciado logo após a vitória no conflito mundial. Na história da humanidade, talvez nenhuma outra geração tenha vindo ao mundo e crescido com maior saúde e riqueza. A perspectiva de um progresso ilimitado da humanidade era garantida por descobrimentos científicos e técnicos até então insuspeitados.

O sorriso distendido e comunicativo de John Kennedy (vencedor das eleições presidenciais do fim do ano), aliado ao charme de sua esposa Jacqueline, exprime a sensação de a humanidade estar se aproximando do happy end tão característico dos filmes de Hollywood, que inundavam as salas de projeção do mundo desenvolvido.

Toda a vida cultural respirava confiança e otimismo. O cineasta italiano Federico Fellini obteve no festival de Cannes a palma de ouro com seu filme A Dolce Vita, cujas cenas lúbricas e o próprio título resumem todas as esperanças de gozo hedonista da humanidade. O cantor Elvis Presley, terminado seu serviço militar, retomava sua meteórica carreira artística, impondo o ritmo desenfreado do rock-and-roll. Com base na nova lei sobre a moralidade, uma corte criminal de Londres sentenciou que a obra O amante de Lady Chatterley, de D.H. Lawrence, não é obscena. A aprovação da primeira pílula anticoncepcional pela agência americana de alimentos e drogas, em junho de 1960, derrubou a última barreira material à revolução sexual em gestação. Nos estaleiros de Saint-Nazaire, na França, foi lançado o France, maior transatlântico de luxo jamais construído.

O casamento da princesa Margareth com um plebeu simbolizava a abertura da mais tradicional das instituições civis do Ocidente — a monarquia britânica — para a democratização dos códigos sociais e dos costumes, mediante a qual almeja-se maior simplicidade e espontaneidade da vida.

Em nosso País, a inauguração de Brasília simbolizava o projetar-se de todo o continente sul-americano nas vias da urbanização, do desenvolvimentismo e da modernidade, dando as costas a seu passado rural e ao caráter um tanto conservador de sua vida institucional.

No plano religioso, entre 24 e 31 de janeiro, João XXIII, que já tinha anunciado no ano anterior a convocação do Concílio Vaticano II, presidiu o primeiro sínodo diocesano de Roma, o qual já visava adaptar as formas acidentais e secundárias da disciplina eclesiástica às circunstâncias da vida moderna, num ambiente de gaudium et spes (alegria e esperança). Provavelmente para não quebrar a atmosfera reinante, o Vaticano anunciou, apenas dois dias depois, que o Terceiro Segredo de Fátima não seria revelado no ano de 1960, contrariamente ao que se esperava e em conformidade com o pedido da Irmã Lúcia.

* * *

O otimismo do ambiente se estendia, entretanto, muito além do permitido por uma análise objetiva da realidade. De fato, apesar da recente distensão "kruscheviana", a oposição ideológica entre capitalismo e comunismo e a confrontação político-militar entre os Estados Unidos e a Rússia, cerne da assim chamada guerra fria, caminhavam paradoxalmente para o ápice. E o espectro da ameaça nuclear patenteou-se pelo sucesso, no mesmo ano de 1960, do primeiro ensaio francês nessa área, possibilitando a entrada de mais um país no clube dos detentores da bomba atômica.

Em maio, fracassou em Paris uma reunião de cúpula entre Kruschev e Eisenhower, pelo fato de ter sido abatido em território soviético um avião espião U-2 americano, e capturado seu piloto Gary Powers. Isso não foi senão um prenúncio da construção do muro de Berlim e da intervenção americana no Vietnã, as quais se concretizariam no ano seguinte.

O caráter imperialista da União Soviética foi confirmado pela inusitada reação de Kruschev numa reunião da ONU, batendo o próprio sapato na mesa para manifestar sua oposição ao discurso do delegado filipino, que denunciava o domínio russo na Europa Oriental.

O começo da retirada francesa da Argélia — aprovada maciçamente pelo povo francês em janeiro de 1960 num referendo convocado pelo General de Gaulle — selou o fim dos impérios coloniais das grandes potências européias na África, revertendo em benefício de líderes e movimentos nacionalistas locais formados e financiados por Moscou. Nas colônias lusas, Portugal enfrentava guerrilhas sangrentas sustentadas pela Rússia e pela China.


Fidel Castro logo no início de seu governo
Na América Latina, Fidel Castro tirava a máscara após a tomada do poder em Cuba, no ano anterior. Milhares de opositores eram fuzilados no paredón, e a polícia cubana disparava contra manifestantes anticomunistas que protestavam diante de uma exposição soviética em Havana. Durante o ano de 1960, Fidel organizou os temidos Comitês de Defesa da Revolução. A Reforma Agrária socialista, iniciada no ano anterior, culminou com o confisco de toda propriedade privada. Em outubro, o "líder máximo" chegou de braços dados com Kruschev para a reunião da Assembléia Geral das Nações Unidas.

Número crescente de "barbudos" começou a sonhar com uma revolução armada e preparar-se para atividades subversivas. Mais importante ainda, a vitória comunista em Cuba fortaleceu e radicalizou os partidos comunistas e seus aliados da esquerda em todos os países latino-americanos, o que impeliu os governos burgueses a favorecer reformas de estrutura socializantes. O pretexto era que, se elas não fossem realizadas, o comunismo tornar-se-ia uma força dominante nas classes populares, e que tais reformas seriam impostas de modo ainda mais radical e violento.

Amplo setor do clero adotou o programa de reformas de estrutura, particularmente da Reforma Agrária, sob a falsa alegação de que elas iriam reduzir as desigualdades sociais e eliminar a pobreza.

* * *

Essa era a atmosfera contraditória de otimismo e apreensão que se depreendia do panorama mundial e latino-americano no início dessa década, semelhante ao que ocorre num dia radioso, mas com nuvens negras ocupando grande parte da cúpula celeste.

Nesse mesmo ano de 1960 houve também um acontecimento discreto, que não gerou nenhuma publicidade. Mas, caso tivesse sido divulgado, teria sido julgado irrelevante pelos contemporâneos, especialmente pela mídia. No entanto, olhado retrospectivamente, esse pequeno ato reveste-se de importância decisiva na evolução desse imenso quadro de confrontação ideológica entre comunismo e anti-comunismo.

Que evento foi esse? A fundação da Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade no dia 26 de julho de 1960. Plinio Corrêa de Oliveira, coadjuvado por alguns de seus colaboradores, lançava então a semente da tão conhecida TFP, destinada a exercer decisivo papel na luta anticomunista, e que por isso tem sido tão louvada por alguns e criticada por outros.

Por que tal fato teve importância decisiva? Porque nessa confrontação ideológica entre a União Soviética e o Ocidente, fulcro da guerra fria, o fiel da balança encontrava-se na América Latina. Essa condição de fiel da balança é fácil de entender, pois a passagem do grande bloco latino-americano para a órbita comunista seria também decisiva. Poderia fornecer à União Soviética recursos imensos para prolongar a sobrevida de sua economia fracassada, mas sobretudo alterando o equilíbrio político nos países da Europa ocidental. Na Itália, na França e em outros países o eleitorado dos partidos comunistas e de seus "companheiros de viagem" aproximava-se perigosamente de alcançar a maioria. E a oposição burguesa ao comunismo teria sofrido um choque psicológico monumental, caso a América Latina se tornasse socialista. Este continente jovem, situado no próprio quintal dos Estados Unidos, estaria assim indicando que o vento do futuro soprava realmente nessa direção, e que não adiantaria opor-se a ele. O velho Tio Sam ficaria isolado, numa inútil resistência ao rolo compressor da dominação comunista.

Ora, o resultado dessa confrontação comunismo-anticomunismo na América Latina dependia acima de tudo da atitude que as populações católicas tomassem. O comunismo era conhecidamente ateu e perseguidor da Igreja do Silêncio; e se a chamada esquerda católica conseguisse vencer as resistências psicológicas do povo latino-americano, a América Latina toda se inclinaria inevitavelmente para o bloco soviético. Caso contrário, ainda que aos trancos e barrancos, ela permaneceria aliada das democracias capitalistas do Ocidente, notadamente dos Estados Unidos.

Foi precisamente nessa luta interna nos meios católicos que a TFP brasileira e suas co-irmãs dos outros países latino-americanos exerceram um papel de primeira plana.

Representando o pólo de pensamento católico anticomunista, e radicadas no canal estratégico por onde a ofensiva comunista para a conquista do mundo teria necessariamente que passar, a TFP brasileira e suas congêneres tornaram-se um dos fatores mais influentes e decisivos da evolução religiosa, cultural e política do Ocidente nas últimas décadas. Uma força de elite, proporcionalmente pequena se comparada com movimentos de massa, que passou a fustigar incessantemente o inimigo e pôde presenciar desde o seu apogeu mundial até o colapso final.

* * *

Catolicismo não poderia deixar passar o cinqüentenário da fundação da TFP sem consagrar ao acontecimento uma edição especial. Esta é destinada à pré-história da Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade — porque, como diz o Padre Bernardes na sua “Nova Floresta”, Nemo repente fit summus (ninguém fica muito ilustre de repente).

Ninguém melhor situado para explicar como nasceu a TFP do que seu próprio fundador, o saudoso Prof. Plinio Corrêa de Oliveira. Em janeiro e fevereiro de 1969 ele apresentou esse histórico numa série de artigos para a "Folha de S. Paulo", que hoje transcrevemos no seu conjunto. De modo sintético, descrevem o panorama do Brasil católico nas décadas de 1930 e 40 e as lutas que o autor e seus discípulos desenvolveram contra o progressismo católico nascente, culminando no livro Em Defesa da Ação Católica, que foi seguido de longo ostracismo ao qual foram submetidos.

A importância que Plinio Corrêa de Oliveira dava à TFP e à gesta por ela realizada, ele a exprimiu no seu testamento espiritual. Depois de agradecer a Nossa Senhora pelos maiores dons recebidos de suas mãos — a fé católica, a escravidão mariana praticada segundo o método de São Luís Maria Grignion de Montfort, e a formação moral e religiosa que lhe deu sua mãe, Da. Lucília —, ele declara solenemente:

"Tenho a consciência do dever cumprido, pelo fato de ter fundado e dirigido minha gloriosa e querida TFP. Osculo em espírito o estandarte desta, que se encontra na Sala do Reino de Maria. São tais os vínculos de alma que tenho com cada um dos sócios e cooperadores da TFP brasileira, como das demais TFPs, que me é impossível mencionar aqui especialmente alguém para lhe exprimir meu afeto. Peço que Nossa Senhora os abençoe a todos e a cada um. Depois da morte, espero junto a Ela rezar por todos, ajudando-os assim de modo mais eficaz do que na vida terrena".

Na expectativa desse auxílio celeste que nos foi prometido, apresentamos a série de artigos do Prof. Plinio sobre a pré-história da TFP — hoje cinqüentenária, mas lamentavelmente em mãos de dissidentes, por decisão judicial provisória da qual pende recurso no Superior Tribunal de Justiça, em Brasília.

* * *

Luz, água ou lenha?

Plinio Corrêa de Oliveira

Transcrito da "Folha de S. Paulo", 22-1-1969

Entre as entidades mais em foco no Brasil atual está, sem dúvida, a TFP. O grande número de publicações votadas pela imprensa à TFP é índice robusto dessa notoriedade. Mas, considerado em si, esse índice é algum tanto discutível. Há muitas associações e pessoas sobre as quais a imprensa, o rádio e a televisão discorrem copiosamente. Sem embargo, fala-se um pouco delas, e acabou-se. Se os grandes meios de publicidade se calam, elas entram no mais inteiro esquecimento. Com a TFP, dá-se o contrário. Mesmo fora de nossos períodos de campanha, há largos setores do público em que se discute com freqüência a seu respeito. E mais extensos ainda são os setores nos quais, embora não se fale tão amiúde dela, as atenções são continuamente sensíveis a qualquer gesto, atitude ou pronunciamento procedente de nossas fileiras, que provocam logo críticas ou aplausos. Isto sim, é notoriedade. E da mais genuína.

Não confundo notoriedade com simpatia. Seríamos tolos, os da TFP, se ignorássemos que suscitamos, a par de aplausos entusiásticos que nos comovem, críticas acerbíssimas que nem de longe nos desalentam. Afirmo simplesmente que não há brasileiro de cultura ou índice de politização elementar que não tenha ouvido falar da TFP. Minha afirmação não vai além.

As pessoas que discutem sobre a TFP fazem, a respeito de nossa entidade, uma apreciação certa? Penso que nem sempre. Veio-me então a idéia de escrever sobre a matéria. Fá-lo-ei do modo mais sintético, para atender aos cânones jornalísticos. Que utilidade haverá nas informações que darei? Serão recebidas como luz a esclarecer aspectos da controvérsia? Como água a extinguir as ardências da disputa? Ou como lenha a acender ainda mais a polêmica? Não sei. O que sei é que — segundo proclamou o grande Bossuet — a verdade pede fundamentalmente uma coisa para ser julgada: é ser ouvida. Público numeroso, vivaz, atualizado e influente das Folhas, ouve-me.

A fundação da TFP em 1960

A Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade - TFP é uma entidade cívica legalmente registrada em São Paulo no ano de 1960. Seus sócios formam em cada Estado uma seção, tendo à frente um diretório seccional. As seções se dividem em subseções, constituídas pelos sócios residentes numa mesma cidade e dirigidas por um diretório subseccional. As seções são coordenadas por dois órgãos de jurisdição em todo o país: o Conselho Nacional, com o encargo das atividades sociais nos seus aspectos culturais e cívicos; e a Diretoria Administrativa e Financeira Nacional, cujo campo de ação é definido pelo próprio título. A TFP conta com a cooperação de numerosos militantes, que se constituem em núcleos juridicamente extrínsecos à Sociedade. Seções e subseções da TFP ou núcleos de militantes da Tradição, Família e Propriedade existem em quarenta cidades. O número total de sócios e militantes caminha para 1.500.

A TFP tem por fim combater a maré montante do socialismo e do comunismo, dois sistemas que reputamos afins entre si, como a tuberculose simples o é com a tuberculose galopante.

Ambos esses sistemas repousam sobre a mesma base filosófica errônea, da qual deduzem toda uma série de máximas culturais, sociais e econômicas. Não pode, pois, haver combate sério contra eles se não incluir o contra-ataque filosófico, com suas respectivas implicações nos vários campos do pensamento humano. Assim, a TFP — entre os diversos modos necessários que há para combater o comunismo — se dedica primordialmente à ação ideológica. Para tal, prestigia ela numerosas obras doutrinárias escritas por sócios ou amigos. O sistema de difusão dessas obras consiste na venda em logradouros públicos, por grupos de jovens, à sombra — ou melhor, à luz — do tão característico estandarte rubro com o leão rompante.

Grandes campanhas da TFP

Além da difusão de obras, a TFP promove cursos gratuitos sobre assuntos cívico-culturais, para formação e recrutamento de sócios e militantes.

Tanto as obras quanto os cursos se destinam, como já disse, a combater a filosofia materialista e evolucionista, bem como a sociologia, a economia e a cultura que desta decorrem. Entretanto, na peleja não basta demolir. É preciso preservar e construir. Com base na filosofia de Santo Tomás de Aquino e nas encíclicas, a TFP põe em realce os grandes valores positivos da ordem natural, e especialmente três destes valores, que são a tradição, a família e a propriedade. Daí o nome da entidade.
A ação em prol desses valores não se faz apenas no campo doutrinário. A TFP tem combatido os projetos de lei, os fatos, os costumes que atentam contra esses três valores, procurando impedir avanços com os quais o esquerdismo só tem a lucrar.

Partindo da persuasão de que nosso povo — um dos mais intuitivos e inteligentes da Terra — tem em sua alma profundas raízes de fidelidade à civilização cristã, essa luta se tem feito por meio de triunfais apelos à opinião pública. E, apesar de muitos nos chamarem de anacrônicos, o público sempre nos disse SIM.

Nossas quatro grandes campanhas foram:

a) Em 1961-1963, promovida propriamente pelo grupo de amigos que deu origem à TFP, uma larga atuação de protesto contra a Reforma Agrária socialista e confiscatória do Sr. João Goulart: abaixo-assinado de 27 mil agricultores ao Congresso; quatro edições de Reforma Agrária - Questão de Consciência, em dezenove meses; mensagens de aplauso de senadores, governadores, deputados federais e estaduais, e centenas de prefeitos, câmaras municipais e entidades de classe;

b) Em 1964, interpelação à Ação Católica de Belo Horizonte, para que expusesse seus argumentos contrários à nossa posição sobre a Reforma Agrária. Subscrita por duzentas mil assinaturas. Silêncio da Ação Católica;

c) Em 1966, abaixo-assinado contra o projeto de código civil divorcista. Um milhão de assinaturas em cinqüenta dias. Retirada do projeto pelo governo;

d) Em 1968, abaixo-assinado pedindo a Paulo VI medidas contra a infiltração socialista e comunista em meios católicos. Em dois meses, 1.600.368 assinaturas. O abaixo-assinado será entregue em breve a Sua Santidade.(1)

Por quê "luz, água ou lenha"?

A par dessa atividade ideológica, a TFP promove obras sociais, isto é, pensões e restaurantes para estudantes, comerciários e operários, sem fito de lucro, bem como consultórios e ambulatórios médicos gratuitos.

Para a realização dessas atividades, a TFP tem sedes em que há ao mesmo tempo locais para reunião, palestras, cursos e bibliotecas. Cada sede tem o padrão médio do bairro em que está. Entre sedes e pensões, só em São Paulo a TFP tem 21.

A média das idades (dos sócios e dos militantes) dá preponderância aos jovens. O mais idoso dentre nós tem 61 anos, um ano mais do que eu. Em nossas sedes convivem na maior harmonia, e sem de nenhum modo se confundir, pessoas das mais variadas camadas sociais e profissões.

* * *

Luz, água ou lenha? Responda o meu caro leitor. Em todo caso, a realidade é a que ele acaba de ler.

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Nota:

1 - O abaixo assinado foi entregue ao Vaticano em 7 de novembro de 1969, como noticiamos em Catolicismo (n.º 229, janeiro/1970).

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Veja:
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